GDD open source

No contexto de desenvolvimento dos jogos digitais o GDD é o documento de concepção do projeto do jogo,  normalmente é criado e editado pela equipe de profissionais (designers, programadores, ilustradores, animadores) e tem a função de organizar os esforços da  equipe para orientar os processos de desenvolvimento. Não há um modelo padrão de GDD previsto, suas configurações tendem a ser definidas pela natureza do jogo a ser desenvolvido e o perfil da equipe. No entanto, os documentos tendem a contemplar em sua redação termos que procuram assegurar a configuração do jogo proposto, como por exemplo: conceito, personagem, cenário, gameplay, interfaces com usuário, dentre outros.

Neste sentido, a ideia de  um GDD open source não deve se ater à descrição de termos para produção de um jogo, antes disso mostra-se como um aparato conceitual que apoie estratégias e decisões para a proposição diferentes jogos e deve ancorar as reflexões dos usuários da ferramenta sobre formas de perceber a cidade   concreta a partir de ações concretas, a partir de locais, histórias e personagens que podem ser revelados pelo viés dos jogos .

O GDD open source fundamenta-se em um repertório de intervenções sobre a cidade , realizadas sobretudo por artistas, designers e urbanistas e que de algum modo discutem os processos de modernização e oferecem parâmetros para pensar a cidade contemporânea; o quais, neste contexto, são articulados para pensar estratégias de educação patrimonial pelo viés da aplicação das ferramentas propostas. Isso implica também, em termos conceituais, considerar correlações entre uma cultura do game que permearia as relações sociais, um conceito de patrimônio cultural ancorado nas práticas cotidianos.

As mecânicas que definem os JMLs – como proposto pelas ferramentas – serão portanto aplicadas a partir dos parâmetros definidos pelas políticas de educação  patrimonial, como previstas pela SECULTFOR, no entanto , devem e podem ser utilizadas por qualquer um que queira adentrar-se neste território de reflexão, para propor jogos que possibilitem pensar a cidade .

Mecânicas: modos de interação com a smart City 

Os frameworks   tem a função de direcionar as ações tendo em vista as mecânicas previstas pela Ferramenta de Autoria; elas estão ancoradas nos seguintes modos de interação em vista ao contexto da Smart City:

1. O registro das ações e dos dados gerados pelo jogador: prever modos de interação em que o jogador esta livre para realizar as ações em tempo real e a ferramenta grava estas ações (dados). Neste caso a ferramenta descreve o modo como o jogador circula pela cidade (GPS) e torna esta informação dados para o encaminhamento do jogo.
2. O Jogador relata suas ações ou os dados : as ações na cidade são relatadas pelas escolhas do jogador, o encaminhamento do jogo prossegue a realização de missões. Pode ser traduzida a partir da partilha de informações coletadas na cidade pelo jogador (foto, áudio)
3. O jogador completa missões , neste tipo de interação a ferramenta oferece objetivos (conjunto de missões) , e o prosseguimento do jogo se dá quando o objetivo é alcançado
4. Geraçao de conteúdos: neste tipo de interação o usuário pode trocar conteúdo pessoal com outros jogadores e pessoas comuns para progredir no jogo : trocar e aferir opinião sobre a cidade ou trocar experiencia em situações similares
5. O usuário explora os locais : este tipo interação prevê explorar a cidade e encontrar espaçoes específicos para progredir no jogo : encontrar pontos de interesse na cidade .
6. O jogador simula uma situação: este tipo de interação prevê a proposição de tarefas simular ambientes ambiente, performance e espaços virtuais (redes sociais)

Aplicação : atividades realizadas para a educação patrimonial

1. Aprendizado : ações que levem o jogador aprender alguma coisa relacionada à cidade. Objetiva a assimilação de conteúdos
2. Avaliar : ações que levem o jogador a relacionar conteúdos
3. Ensinar : ações que levem o jogador avalia e monitorar a cidade e seus elementos, como por exemplo descrever aspectos (interpretações) da cidade.
4. Sensoriamento: ações que levem que levem o jogador a coleta dados e informações da cidade e partilhá-los, pode ser empregado posteriormente para uma leitura da cidade.